A tendinite patelar, também conhecida como “joelho de saltador”, é uma inflamação ou degeneração (tendinopatia) do tendão patelar que ocorre pelo uso excessivo do joelho ou impactos repetitivos e fortes. Sintomas como dor abaixo da patela e rigidez pioram drasticamente ao correr, saltar ou subir escadas. O tratamento eficaz, conforme o protocolo do Dr. Alexandre Kusabara, foca no fortalecimento do tendão por meio de um programa direcionado de exercícios excêntricos. A recuperação completa poderá ocorrer entre 6 a 12 semanas.
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ToggleO que é tendinite patelar e onde a dor se manifesta?
A tendinite patelar é diagnosticada como sobrecarga excessiva do tendão patelar. Segundo o Dr. Alexandre Kusabara, tendinite (inflamação) é um termo antigo, atualmente, o que mais identifico no meu consultório via exame de ressonância magnética é a tendinopatia. Ela é o processo de degeneração das fibras de colágeno do tendão, sendo assim, repouso ou o uso de anti-inflamatórios não resolverão o problema a longo prazo. O tendão enfraqueceu e precisamos reestruturá-lo.
Essa lesão ocorre principalmente em atletas de vôlei, basquete e corrida, mas pode afetar qualquer pessoa ativa com desequilíbrio muscular ou que aumentou a carga durante o treino de forma rápida e sem a devida preparação. Quando o tendão é sobrecarregado, suas fibras de colágeno se rompem, resultando em uma dor incapacitante.
Onde dói a tendinite patelar?
Para o Dr. Alexandre Kusabara, a tendinite patelar é diagnosticada primeiramente pela localização da dor. Se a dor fosse na lateral ou na parte de trás do joelho, com certeza seria outra condição, no entanto, se a dor ocorre abaixo da patela e fica sensível ao toque, é o primeiro sinal de tendinite patelar.
Esta dor se manifesta ou piora drasticamente sempre que houver sobrecarga no tendão em:
- Pouso e Decolagem: Saltar ou aterrissar (o mecanismo de frenagem do tendão falha).
- Descidas: Correr em declives ou descer escadas (carga excêntrica extrema).
- Posições Estáticas: Ficar sentado por longos períodos, seguido de rigidez ao levantar (o famoso “sinal de rigidez matinal”).
- Carga Pesada: Fazer agachamentos ou leg press com peso excessivo sem a devida preparação.
Como tratar a tendinite patelar: o protocolo do especialista
Para o Dr. Alexandre Kusabara, o tratamento conservador (quando não há cirurgia) é a melhor e mais eficaz opção para 95% dos casos. O objetivo do protocolo não é apenas tirar a dor, e sim, restabelecer o tendão para poder suportar cargas mais elevadas, como corrida de longa distância.
Não existe mágica, e sim um método eficaz e bem estruturado.
Fases do Tratamento
Fase 1: Alívio da dor
- Repouso relativo é a palavra-chave: Isso significa que você deve EVITAR as atividades que causam a dor intensa (saltar, correr, etc.). Não é repouso absoluto! O tendão precisa de estímulo, mas dentro do limite.
- Gelo: Use sim, por 15 a 20 minutos, logo após qualquer atividade ou quando a dor for mais aguda. Ele é um paliativo… mas alivia.
- Medicamento para Tendinite Patelar: é utilizado como estratégia. Anti-inflamatórios (oral ou tópico) servem apenas para quebrar o ciclo de dor aguda. Atenção: Se você depender só de remédios, você está mascarando e garantindo a cronificação da lesão. O remédio não fortalece o tendão.
Fase 2: Fisioterapia e reabilitação
A reabilitação é o pilar da recuperação ideal.
- Prioridade Absoluta: Fortalecimento excêntrico. Esta é a solução definitiva, não sou eu que digo, são os estudos clínicos robustos. O agachamento unilateral em plano inclinado — com apoio da perna estendida para subir é um exercício clássico, um exemplo de como realinhar e fortalecer as fibras de colágeno sob tensão.
- Fisioterapia avançada: Além do excêntrico, um bom fisioterapeuta trabalhará com a terapia manual, corrigindo desequilíbrios na cadeia muscular (quadril, tornozelo) e, em casos mais graves, podemos usar ondas de choque para estimular a cura do tendão.
Não arrisque cronificar a lesão. O tratamento eficaz da tendinite patelar exige um diagnóstico preciso e um plano de reabilitação totalmente individualizado. Agende sua consulta com o Dr. Alexandre Kusabara, especialista em cirurgia do joelho, para iniciar um protocolo de recuperação baseado em evidências e voltar às suas atividades com segurança.
Exercícios para tendinite patelar: o fortalecimento excêntrico
É importante que você entenda que o alongamento passivo não irá lhe ajudar na recuperação do tendão. Os exercícios excêntricos são o ponto-chave para uma recuperação segura a longo prazo, pois eles irão ajudar diretamente na raiz do problema, a degeneração da estrutura do tendão.
Por que o exercício excêntrico?
O exercício excêntrico promove o encurtamento do músculo. O exercício excêntrico, por sua vez, alonga o músculo, mesmo estando sob tensão.
- Estímulo à cura: A tensão excêntrica controlada atua como um “choque terapêutico” no tendão, estimulando a produção de novas fibras de colágeno, mas de forma organizada. É como se reestruturássemos o tendão, fibra por fibra.
- Aumento da tolerância: Gradualmente, o tendão aprende a suportar cargas maiores sem degenerar. Isso é o que permite ao atleta voltar a saltar e correr sem dor.
- Experiência Prática: Para o Dr. Alexandre Kusabara, especialista em ortopedia esportiva, os pacientes que fazem o excêntrico com disciplina são os que têm o menor índice de recidiva. É um investimento, não um paliativo.
Protocolo básico de excêntrico (sempre sob supervisão de um Estrategista Físico qualificado)
Atenção: Um dos maiores erros que pode agravar o quadro clínico do paciente é realizar exercícios sem orientação profissional. O Dr. Alexandre Kusabara alerta: um erro de carga ou movimento mal executado poderá inflamar o tendão novamente ou agravar o processo degenerativo. A supervisão de um fisioterapeuta ou médico esportivo é indispensável para garantir a progressão correta da força.
O Exercício Clássico: Agachamento em plano inclinado (30º) usando apenas uma perna (unilateral), focando na fase de descida lenta (a fase excêntrica).
- A Regra: A fase de descida deve durar, no mínimo, 3 a 4 segundos.
- Frequência: 3 séries de 15 repetições, de 2 a 3 vezes por semana, ou conforme o protocolo individual ajustado pelo seu fisioterapeuta/médico.
Lembre-se: o exercício deverá ser executado de forma correta para que as fibras se regenerem. E também, que a dor não irá desaparecer do dia para a noite, e a sua disciplina e determinação serão cruciais para a recuperação plena e segura.
Quanto tempo dura a tendinite patelar e o risco de cronificação?
Esta é uma pergunta muito comum entre os pacientes do Dr. Alexandre Kusabara, e a resposta é: depende de você e da gravidade da lesão.
- Casos agudos (o início): Se a intervenção é rápida e o paciente imita a dor, a melhora inicial é perceptível em 4 a 6 semanas.
- Casos crônicos (o mais comum): Por ser uma tendinopatia (degeneração), e não apenas inflamação, a reconstrução das fibras leva tempo. A recuperação total e o retorno seguro ao esporte de alta demanda exigem geralmente de 6 a 12 semanas de reabilitação focada, podendo se estender se a aderência for falha. O segredo é a progressão de carga…
O que não fazer com tendinite patelar?
Um dos maiores erros é tentar resolver o problema rapidamente. Se a lesão se tornar crônica, o tratamento se tornará infinitivamente mais complexo!
- Ignorar a dor: NUNCA faça exercícios sobre uma escala de dor acima de 4 (em 1-10). Insistir nisso é a fórmula garantida para a cronificação.
- Focar apenas no alongamento (erro comum): O tendão, repito, precisa de força. Alongamento excessivo pode, inclusive, irritar mais.
- Parar a fisioterapia ao sentir “melhora”: Esta é a pior situação. O tendão está melhor, mas ainda não está forte. A recaída é quase certa.
- Uso indiscriminado de gelo/calor: são apenas ferramentas de conforto. Eles não corrigem a biomecânica e não criam a força necessária.
Conclusão e por que o diagnóstico especializado é essencial
O tratamento da tendinite patelar poderá ser desafiador dependendo do grau da lesão, mas será totalmente recuperável se adotado o protocolo correto e, acima de tudo, com a orientação de um especialista. O sucesso está 100% associado à disciplina, na execução dos exercícios excêntricos e no acompanhamento médico especializado. A dosagem correta das cargas não permitirá que o tendão apenas desinflame, mas sim, promoverá o fortalecimento do joelho a longo prazo.
Não cometa o erro de tratar apenas o sintoma… Trate a causa, de forma definitiva, com o protocolo correto.
Sua saúde não pode esperar. Se você sente dor persistente e incapacitante abaixo da patela e tem medo de que sua lesão se torne crônica, o momento de agir é agora. O Dr. Alexandre Kusabara está preparado para lhe fornecer o diagnóstico preciso e o plano de tratamento mais moderno, blindando seu joelho contra futuras lesões.
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Fontes:
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/patellar-tendinitis/diagnosis-treatment/drc-20376118 Acessado em 12/11/2025
https://www.massgeneral.org/orthopaedics/sports-medicine/conditions-and-treatments/patella-tendinitis Acessado em 12/11/2025

Meu nome é Alexandre Kusabara, sou médico ortopedista CRM: 75.828 │ TEOT: 6965, especialista em cirurgia do joelho. Atualmente sou um dos preceptores da residência médica de Ortopedia e Assistente da sub-especialidade de Ortopedia Esportiva da Faculdade de Medicina do ABC, e também, coordenador da equipe ortopédica do Hospital Brasil.
Formado há 27 anos, possuo graduação em medicina pelo Centro Universitário Lusíada (1992), fiz residência médica em Ortopedia e Traumatologia, Especialização em Cirurgia do Joelho e Artroscopia (1997) pela Santa Casa de São Paulo, e Medicina Esportiva pelo CEMAFE EPM. (1996).


