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Osteoporose: O que é, causas e tratamentos

A osteoporose é uma condição de saúde caracterizada pela diminuição da densidade óssea e perda de massa óssea, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a osteoporose é uma doença que afeta principalmente as mulheres, sendo mais comum em mulheres acima dos 50 anos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a osteoporose é considerada um problema de saúde pública em todo o mundo, uma vez que estima-se que a cada 3 segundos ocorre uma fratura relacionada à osteoporose em algum lugar do mundo. Neste artigo, discutiremos mais sobre a os cuidados, prevenção e tratamento da osteoporose.

O que é osteoporose?

A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da densidade óssea e perda de massa óssea, o que leva a ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Essa condição pode se desenvolver lentamente ao longo do tempo, e muitas vezes não apresenta sintomas até que ocorra uma fratura.

A osteoporose é considerada uma doença grave, pois as fraturas relacionadas a ela podem levar a complicações graves, como incapacidade física, dor crônica, perda de independência e, em casos mais graves, até mesmo a morte. Além disso, a osteoporose é uma condição crônica que pode ter impacto significativo na qualidade de vida do indivíduo.

Infelizmente não é uma condição reversível, mas pode ser tratada e controlada com a adoção de medidas preventivas e o tratamento adequado.

Como ocorre a osteoporose?

A osteoporose é uma condição metabólica em que a perda óssea ocorre devido a um desequilíbrio entre a formação óssea e a reabsorção óssea. Os ossos são compostos de complexos minerais, incluindo cálcio, que são responsáveis pela sua força e resistência.

A formação óssea ocorre com a ajuda de células especializadas chamadas osteoblastos, que sintetizam e depositam a matriz óssea, incluindo os minerais de cálcio. Por outro lado, a reabsorção óssea é realizada pelas células chamadas osteoclastos, que desmontam o tecido ósseo e liberam cálcio na corrente sanguínea.

Na osteoporose, o processo de reabsorção óssea é acelerado e o de formação óssea é diminuído, resultando em uma diminuição na densidade mineral óssea e enfraquecimento do osso. Isso pode ocorrer devido a uma variedade de fatores, como deficiência de cálcio e vitamina D, deficiência de estrogênio em mulheres na pós-menopausa, envelhecimento, uso prolongado de medicamentos corticoides, falta de exercício físico regular e histórico familiar de osteoporose.

Principais causas

Existem várias causas que podem causada osteoporose, que incluem:

  • Envelhecimento: À medida que envelhecemos, nossos ossos perdem densidade e força naturalmente, tornando-se mais frágeis e suscetíveis à osteoporose.
  • Deficiência de cálcio e vitamina D: O cálcio e a vitamina D são nutrientes essenciais para a saúde óssea. A falta desses nutrientes na dieta ou a dificuldade de absorvê-los pode aumentar o risco.
  • Histórico familiar: Pessoas que têm casos da doença na família têm maior risco de desenvolver a doença.
  • Gênero: Mulheres têm maior risco de desenvolver a doença do que homens, especialmente após a menopausa, devido à diminuição dos níveis de estrogênio.
  • Estilo de vida: Fatores de risco do estilo de vida, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, falta de exercício físico regular e dieta pobre em nutrientes, também podem contribuir para a diminuição da densidade óssea.
  • Uso prolongado de medicamentos corticoides: O uso prolongado de medicamentos corticoides, como a prednisona, pode aumentar o risco.
  • Doenças crônicas: Algumas doenças crônicas, como artrite reumatoide, diabetes, doença renal crônica e doença inflamatória intestinal, podem afetar a saúde óssea.
  • Outros fatores: Outros fatores de risco, como baixo peso corporal, ter tido uma fratura anterior, ter uma baixa densidade mineral óssea, e ter um estilo de vida sedentário, também podem contribuir para o problema.

Em resumo, uma combinação de fatores de risco, como envelhecimento, deficiência de nutrientes, história familiar da doença, gênero, estilo de vida, uso prolongado de medicamentos corticoides e doenças crônicas podem favorecer o surgimento da doença.

osteoporose

Classificação segundo a OMS

A classificação da osteoporose de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) é baseada na densidade mineral óssea (DMO), que é uma medida da quantidade de minerais, como o cálcio, presente nos ossos. A DMO é expressa em gramas por centímetro quadrado (g/cm²) e é medida por meio de uma densitometria óssea.

De acordo com a OMS, a classificação a baseada na DMO é a seguinte:

Normal: a DMO está dentro do intervalo considerado normal para a idade e sexo, ou seja, está acima de -1 desvio padrão (DP) em relação ao pico de massa óssea (PMO) (momento em que os ossos atingem a maior densidade).

Osteopenia: a DMO é menor que o normal, mas não o suficiente para ser classificada como osteoporose, ou seja, está entre -1 e -2,5 DP em relação ao PMO.

Osteoporose: a DMO é significativamente menor do que o normal, o que aumenta o risco de fraturas ósseas, ou seja, é igual ou inferior a -2,5 DP em relação ao PMO.

Além dessas categorias, a OMS também estabeleceu uma terceira categoria para indivíduos com DMO muito baixa e história de fratura osteoporótica, chamada de osteoporose estabelecida.

A classificação de acordo com a DMO é importante porque ajuda a identificar pessoas em risco de fraturas ósseas e a orientar a prevenção e o tratamento da doença. Entretanto, é importante lembrar que a densitometria óssea é apenas um dos fatores que devem ser considerados na avaliação do risco de fraturas, sendo importante também avaliar outros fatores de risco, como idade, história familiar de fraturas, estilo de vida e condições de saúde.

Prevenção

A prevenção envolve uma série de medidas que ajudam a manter a saúde óssea e a reduzir o risco de perda de massa óssea e fraturas. Algumas das principais estratégias de prevenção incluem:

  • Consumo adequado de cálcio: o cálcio é essencial para a saúde óssea, por isso é importante consumir alimentos ricos nesse mineral, como leite e derivados, sardinha, tofu e vegetais verdes escuros. Em geral, adultos precisam de cerca de 1000 a 1200 mg de cálcio por dia, dependendo da idade e sexo.
  • Vitamina D: a vitamina D é importante para a absorção de cálcio pelo organismo e pode ser obtida por meio da exposição solar e do consumo de alimentos como peixes gordurosos e ovos. Em algumas situações, pode ser necessária a suplementação de vitamina D.
  • Exercícios físicos: a prática regular de exercícios físicos ajuda a fortalecer os ossos e a reduzir o risco de perda de massa óssea. Exercícios de impacto, como caminhada, corrida e dança, são especialmente benéficos para a saúde óssea.
  • Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool: o tabagismo e o consumo excessivo de álcool estão associados a uma maior perda de massa óssea e aumento do risco de fraturas.
  • Dieta equilibrada: além do cálcio e da vitamina D, é importante manter uma dieta equilibrada e variada, que forneça nutrientes importantes para a saúde óssea, como magnésio, fósforo, zinco e vitaminas do complexo B.
  • Avaliação do risco de fraturas: é importante que pessoas com fatores de risco para osteoporose, como mulheres na pós-menopausa, idosos e pessoas com história de fraturas, sejam avaliadas quanto ao risco de fraturas e orientadas sobre medidas preventivas e tratamento, se necessário.

É importante lembrar que a prevenção da osteoporose deve começar desde cedo e ser mantida ao longo da vida, para garantir ossos saudáveis e prevenir a perda de massa óssea. Consultar um profissional de saúde pode ajudar a orientar sobre as medidas preventivas adequadas para cada indivíduo.

Veja também

Tratamentos

Existem várias opções de tratamento para a osteoporose, que visam prevenir a perda de massa óssea, fortalecer os ossos e reduzir o risco de fraturas. Alguns dos tratamentos mais comuns incluem:

Terapia hormonal:

A terapia hormonal pode ser usada em mulheres na pós-menopausa para prevenir a perda de massa óssea. No entanto, esse tratamento pode estar associado a alguns riscos, como aumento do risco de câncer de mama, e deve ser avaliado caso a caso.

Medicamentos para osteoporose:

Existem diversos medicamentos que ajudam a prevenir a perda de massa óssea e a reduzir o risco de fraturas, como os bisfosfonatos, denosumabe, teriparatida, entre outros. Esses medicamentos devem ser prescritos por um profissional de saúde e seu uso deve ser monitorado.

Suplementação de cálcio e vitamina D:

Em alguns casos, pode ser necessário suplementar a dieta com cálcio e/ou vitamina D para garantir a absorção adequada de cálcio e prevenir a perda de massa óssea.

Exercícios físicos:

Além de prevenir a osteoporose, exercícios físicos também podem ser benéficos como tratamento, ajudando a fortalecer os ossos e reduzir o risco de fraturas.

Mudanças no estilo de vida:

Algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar a prevenir a perda de massa óssea e reduzir o risco de fraturas, como evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, manter uma dieta equilibrada e variada, e evitar quedas e acidentes.

O tratamento deve ser individualizado e adaptado às necessidades de cada paciente, levando em conta fatores como idade, sexo, nível de atividade física, presença de outras condições de saúde, entre outros. Por isso, é importante consultar um profissional de saúde para avaliar as opções de tratamento mais adequadas.

Perguntas frequentes

  • O que é e o que causa a osteoporose?

    É uma doença que afeta os ossos, tornando-os mais fracos e mais propensos a fraturas. Ela ocorre quando há uma perda excessiva de massa óssea e uma diminuição na densidade dos ossos, tornando-os mais porosos e frágeis. As principais causas incluem fatores genéticos, envelhecimento, deficiência de cálcio e vitamina D, tabagismo, consumo excessivo de álcool e falta de exercícios físicos.

  • O que acontece quando uma pessoa tem osteoporose?

    Seus ossos se tornam mais porosos e frágeis, aumentando o risco de fraturas, especialmente no quadril, coluna vertebral e punho. Essas fraturas podem ocorrer mesmo em situações de baixo impacto, como uma simples queda, e podem levar a complicações graves, como dor crônica, incapacidade e perda de mobilidade.

  • Quando a osteoporose é grave?
    É considerada grave quando a densidade óssea está muito baixa e o risco de fraturas é elevado. O risco de fraturas é avaliado por meio de exames de densitometria óssea e outros fatores de risco, como idade, sexo, histórico familiar, entre outros. Quando o nível é grave pode levar a fraturas que exigem cirurgias e internações hospitalares prolongadas, além de afetar significativamente a qualidade de vida do paciente.
  • Quais são os sintomas da osteoporose?

    Geralmente não apresenta sintomas em estágios iniciais. À medida que a doença progride, podem ocorrer dores nas costas, perda de altura, postura curvada e fraturas ósseas, especialmente no quadril, coluna vertebral e punho.

  • Onde dói a osteoporose?

    Pode causar dor nas costas, especialmente na região da coluna vertebral, que pode ser agravada pela realização de atividades físicas e esforços.

  • Qual é a vitamina para osteoporose?

    vitamina D é fundamental para a prevenção e tratamento, pois ajuda o organismo a absorver o cálcio, mineral essencial para a formação e manutenção dos ossos. A vitamina D pode ser obtida por meio da exposição solar, alimentos ricos em vitamina D, como peixes, ovos e leite fortificado, e suplementos vitamínicos prescritos por um profissional de saúde.

  • O que não pode comer quem tem osteoporose?

    Pessoas com pré-disposição a doença devem evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em sódio, como salgadinhos, refrigerantes e alimentos processados, pois o sódio pode aumentar a perda de cálcio pelos ossos. Também é importante evitar o consumo excessivo de álcool, que pode prejudicar a absorção de cálcio, e de cafeína, que pode afetar a absorção de vitamina D.

  • Qual o remédio natural que é bom para osteoporose?
    Não há evidências científicas que comprovem a eficácia de remédios naturais para o tratamento. No entanto, alguns estudos sugerem que algumas substâncias naturais possam ser benéficas para a saúde óssea. Entre essas substâncias, destacam-se:
    1. Vitamina D: importante para a absorção do cálcio pelos ossos, a vitamina D pode ser obtida pela exposição solar e por alimentos como peixes gordurosos, gema de ovo e cogumelos. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de suplementos de vitamina D para alcançar os níveis adequados.
    2. Cálcio: o mineral mais abundante nos ossos, o cálcio pode ser obtido por meio de alimentos como leite e derivados, sardinha, brócolis e tofu. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de suplementos de cálcio para atingir as quantidades recomendadas.
    3. Vitamina K2: importante para a regulação do metabolismo ósseo, a vitamina K2 pode ser encontrada em alimentos como queijo, gema de ovo, carne e natto (um prato japonês feito a partir da fermentação da soja).
    4. Colágeno: a proteína mais abundante no corpo humano, o colágeno é importante para a saúde dos ossos, articulações e pele. Pode ser encontrado em alimentos como carne e peixe, além de suplementos em pó ou cápsulas.
    É importante ressaltar que o uso de suplementos e remédios naturais para o tratamento devem ser utilizados sob orientação médica, já que doses inadequadas ou a combinação com outros medicamentos podem causar efeitos colaterais indesejados. Além disso, essas substâncias não substituem o tratamento convencional com medicamentos e terapia adequada.
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