A Epicondilite lateral ou cotovelo de tenista é uma síndrome que ocorre na lateral do cotovelo por movimentos repetitivos ou estresse exagerado.
No epicôndilo lateral do cotovelo se originam os tendões dos músculos extensores do punho, mão e dedos (os que abrem a mão). No epicôndilo medial originam os tendões dos músculos flexores das mesmas estruturas (fecham a mão).
Qual a causa da Epicondilite Lateral?
O excesso de movimentos repetitivos ou aumento da sobrecarga muscular começam a aumentar a tensão dos tendões extensores junto a inserção no úmero.
Inicialmente ocorre um processo inflamatório local, causando dor principalmente ao serrar o punho e flexionar o punho e limitação do movimento, momento ideal de iniciar o tratamento.
Persistindo
com o estresse local pelos exercícios ou esforços, começa uma
degeneração das fibras de colágeno contida nos tendões, agravando
a patologia.
Num próximo estágio, as fibras do tendão
fibrosadas perdem sua elasticidade e rompem, levando a dor continua e
perda da força do tendão rompido.
Ocorre em
pessoas que realizam muitos movimentos repetitivos com a movimentação
dos dedos e punho, como uso excessivo de computadores sem apoio do
antebraço, carpinteiros, eletricistas, cozinheiros que realizam
movimentos pesados rotatórios (prono-supinação) e em esportistas
jogadores de tênis, squash e beisebol.
O quadro
clínico inicial é a dor na face externa e limitação da extensão
do cotovelo. Nos casos mais graves, a dor piora já nos movimentos do
cotidiano como abrir porta, carregar um balde ou uma caixa, podendo
haver perder a força.
O diagnóstico
é clínico, com manobras ortopédicas específicas. Poderá ser
realizada uma Ultrassonografia e uma Ressonância Magnética, onde se
consegue verificar se há edema sem rutura ( Grau 1), rutura parcial
(Grau 2) e rutura total (Grau 3).
O tratamento
se inicia com a orientação dos movimentos que estão sendo
realizados de forma errada, gelo, anti-inflamatórios orais e
alongamentos.
Sem uma melhora visível, parada da atividade
agressora, fisioterapia, analgésicos orais, corticoide e
alongamentos, podendo ser realizada uma única infiltração com
corticoide,
No Grau 3 como
há rutura, o tratamento poderá ser cirúrgico.
Portanto, ao
começar com dor na face lateral do cotovelo, que dificulta segurar
um objeto com o cotovelo esticado ou nas rotações, procure um
ortopedista para iniciar o tratamento, antes que se agrave.